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segunda-feira, 20 de agosto de 2012

#7

Eu nunca gostei de etiqueta. Também nunca gostei de rótulos. Minha mãe diz que, desde bem pequena, eu costumava tentar arrancar etiquetas e rótulos das coisas - principalmente roupas: ela diz que enquanto não fossem arrancadas eu não sossegava. Hoje em dia, elas nem me incomodam tanto assim (pelo menos não as de roupa). Incômodo de verdade é a mania que algumas pessoas têm de rotular as outras.
Por que temos que definir e categorizar os outros? E pior: por que algumas categoria têm que brigar? Por que o nerd não pode ouvir funk, a patricinha não pode gostar de games e o esportista não pode gostar de cozinhar? E por que eles são chamados dessa forma?!
Entendo mais do que bem o sentimento de querer pertencer a algum lugar, de achar seu lugar no mundo  e, ao meu ver, é esse desejo que move tal mania. As pessoas querem pertencer. EU quero pertencer. Mas da mesma forma, também não quero ser só mais uma na prateleira, com rótulo, preço e data de validade.
SO WHAT se eu gosto de festas, português, pop, ficção científica, video games, funk, informática, gastronomia, bicicleta, maquiagem, academia, matemática, inglês e filmes de terror? E se eu não gosto de política, The Godfather, futebol, carnaval, muvucas, Red Hot, etc... Eu posso. E você também pode gostar da combinação maluca de coisas que quiser, sem problemas.
Eu não julgo meus amigos nem categorizo-os por seus gostos, mas pela amizade, amor, honestidade e felicidade que eles trazem. Meus amigos não têm rótulo, não tem preço e tampouco estão à venda. E eu penso duas vezes antes de fazer um julgamento. Acho que você deveria também.
Cada um tem sua história, suas batalhas, suas vitórias e derrotas, vivências e influências, e não somos nós quem decidimos sobre dignidade e valores, mas o fato fato de o fazer-mos diz muito sobre quem somos.